25.2.11

Saul Bass: representação/ comunicação visual associada ao cinema

Saul Bass um dos mais famosos designers ligados à comunicação visual, foi o primeiro a explorar a vertente de comunicação visual no início dos filmes - desenhou os genéricos (opening titles) com um valor intrínseco de comunicação. Aquilo que hoje é tomado por adquirido, que os espectadores de cinema tomam como natural, que é o facto do genérico os introduzir ao espírito do filme - essencialmente através de imagens e sons/música (a par da informação objectiva dos créditos). Saul Bass foi o pioneiro deste tipo de produto, que estando ligado ao filme, adquire, como peça de comunicação, uma autonomia gráfica de comunicação. Se distanciarmos estes genéricos do respectivo filme, este continua a fazer-nos, perceber o ambiente fílmico, não sendo no entanto descritivo. Este é um valor fundamental destas peças de comunicação - abrirem o apetite ao espectador, deixando-o orientado para o tipo de filme que irão assistir, e muitas das vezes, apenas através de sensações - do tipo de música e do tipo e estratégias visuais usadas na contrução da imagem (em movimento).

Além dos genéricos, Saul Bass desenhava todos os suportes de comunicação/ divulgação do filme (comunicação visual - cartaz essencialmente - não podemos esquecer a época!). Desse modo a comunicação estabelecia-se unitária, e forte em termos de impacto - mais uma vez um aspecto pioneiro (pois cada sala de cinema antes desta prática, produzia os seus próprios cartazes, ou encomendava-os).

Os trabalhos gráficos que se seguem são todos da autoria de Saul Bass, à excepção do trailler (diferente de genérico - é um produto autónomo do filme, não se encontra no seu início) de Remake de 1998 de Gus Van Sant, do filme "Psycho" de Hitchcock (1960).


Genérico do filme "Anatomy of a murder" (Otto Preminger, 1959), e respectivo cartaz de divulgação.




Genérico de filme e respectivo Cartaz - "Vertigo" (Hitchcock, 1958)


























Genérico de filme - "Psycho" (Hitchcock, 1960) -  (atualmente indisponível no Youtube)

Trailler de filme Remake - "Psycho" -  (Gus Van Sant, 1998).




Breve documentário sobre Saul Bass: "Saul Bass: Title Champ"




24.2.11

Emoção na comunicação: uma dimensão cada vez mais explorada









Falar aos sentidos: publicidade produtos e serviços











Papsi 5 senses (3 of 5)







Os elementos básicos da comunicação visual

Ponto
O ponto é o elemento mais simples e unitário da linguagem visual. Não só pode ser analisado sob a questão da sua dimensão, como concentração- rarefação. A sua concentração e sobreposição, conjugado com o fator cor, permite o jogo de perceção visual em imagem, como por exemplo a fusão cromática no olho do obervador (efeito produzido pela quadricromia - impressão a 4 cores em off-set)

Linha
A linha é um conjunto de pontos. Podem ser retas, semi-reta; curvas; onduladas; híbridas, compostas por partes retas e curvas, etc.

Forma
Formas geométricas regulares simples como os triângulos, quadrados, rectângulos e círculos;
Formas geométricas regulares complexas:  poliedros;
Formas geométricas irregulares: formas isomórficas, etc.

Direção
Pode ser observada nas formas básicas simples: o quadrado - horizontal e vertical; o triângulo - diagonal e o círculo - curva; mas a partir daí o uso de direções estabelecidas pelas linhas de olhar, de objectos semelhantes, de perspectivas, etc, produzem a riqueza e a dinâmica da imagem.
A associação das direções a significados é um aspecto fundamental:
- a direção horizontal, linha que podemos instantanemente relacionar com o horizonte, está associada ao repouso, permanência;
- a direção vertical, pode ser associada ao homem, à sua presença ereta no espaço/ no mundo, associada à vontade/ à afirmação, mas também é a direção que serve de oposta à horizontal; entre estas duas define-se o  sentido de estabilidade; ligadas sobretudo ao organismo do homem (horizontal- descanso; vertical- atividade);
- as diagonais refletem o oposto - são forças de instabilidade, de desiquilibrio, e como tal, forças provocatórias da visão humana que procura a estabilidade; como no ocidente a leitura se estabelece da esquerda para a direita, a associação das diagonais (em termos gerais) varia entre  ascender (inferior esquerdo- superior direito) e descender (superior direito- inferior esquerdo);
- as direções curvas representam envolvimento, repetição e calor; aspectos relacionados provavelmente com arcaísmos como a concentração em redor do espaço do fogo (lugar de proteção contra os animais, o frio e o escuro, nos princípios da humanidade), que se herda para o espaço da casa (não é displiciente que em terminologia arquitetónica se usa a referencia de "nº de fogos" para dar a indicação do nº de espaços habitacionais que existem num edifício).

Tom
Variação de escuridão e luminosidade presente numa imagem. Está associada a sentidos tão diversificados e culturalmente estabelecidos tais como:
- escuridão - noite; ignorância; perda; caos; desumano; diabo; inferno; mal; impureza; morte; luto; mistério; dúvida;(...)
- luminosidade - dia; verdade; sabedoria; ordem; humano; deus, paraíso/céu; bem; pureza, nascimento; esclarecimento; certeza; (...)

O tom permite também a identificação dos "objectos debaixo do sol", ou seja, precisamos de luz para ver o que nos rodeia. Como tal os tom ajuda a definir os objectos, identificados, no espaço através da sua perspectiva (determina que haja áreas em sombra e áreas em luz).

Cor
Cores primárias: magenta, amarelo e cyan;
Cores secundárias: verde, laranja e violeta;
Cores complementares (pares): magenta- verde; amarelo-violeta; cyan-laranja
A temperatura da Cor: identificação de valores de temperatura associados às cores; as cores quentes são os vermelhos, laranjas e alguns amarelos; as frias são os azuis, verdes e alguns violetas (alguns, pois depende da percentagem de cores quentes na mistura).

Pureza cromática versos mistura de cores: as cores mais puras são as que são as que estão mais próximas no círculo das primárias.
Harmonias cromáticas: de diversa ordem.

O significado das cores pode variar muito, no entanto tudo o que está mais ligado ao biológico do homem, é essencial. Tal significa que, tanto identificação cromática no corpo humano, como sensações/ emoções básicas (que naturalmente ao corpo estão ligados), são tendencialmente universais, como o vermelho ser sangue, logo sinal de alerta, e consequentemente de perigo.

Textura
Aspecto comunmente aassociado ao sentido do tato.
Texturas regulares/ irregulares, naturais/artificiais, etc.

Escala
Identificação do grande e do pequeno. Possibilita fornecer a sensação de grande e de pequeno. Em relação a este elemento, o curioso é o fato de apenas funcionar na dupla evidência do par grande pequeno - a definição de um implica o outro, poder-se-á dizer mutúa. Este aspecto implica que a definição de escala seja sempre algo fluído e relativo, nunca absoluto, pois é uma questão de comparação num determinado contexto.

Dimensão
A representação bidimensional poderá permitir a representação (simulada) da 3ª dimensão (profundidade), através das regras da perpectiva cónica. A perspectiva cónica é uma técnica de representação gráfica,  inventada no séc XV, e que se baseia na simulação do efeito ocular percecionado pelo homem, na sua experiência diária do mundo. Tal experiência diz-lhe que há uma linha horizontal - linha de horizonte, e que algures nessa linha, há um ponto onde convergem todas as linhas que não horizontais - o ponto de fuga. Esta estratégia técnica determina que, a partir de um mesmo ponto - ponto de observação,  objetos semelhante e que estejam espalhados no espaço, são vistos como tendo tamanhos diferentes. Esse aspeto permite fazer sentir ao observador, estar mais perto de um que de outro.

Bibliografia
Dondis, A. Donis (1974) A Primer of Visual Literacy. Massachussets: MIT Press.
a primer of visual literacy - online (parcialmente)

21.2.11

Spots Publicitários Coca-cola para TV: pequena observação histórica da apresentação da marca através da imagem em movimento

A Coca-Cola é uma referência clássica em termos de estudo de imagem na comunicação. Não só devido à sua presença no mercado ao longo de décadas, o que permite observar as variações no modo como se têm vindo a apresentar (construção da marca e sua divulgação), mas também devido à solidez dessa construção.
A construção da marca, neste caso, vive de um conjunto de elementos-base, que se têm revelado a chave deste caso de sucesso que tem atravessado gerações de consumidores.

Os elementos- base dividem-se em várias categorias. Entre elas, podemos estabelecer uma categoria de elementos fisicamente identificáveis: que podem ser de natureza visual, sonora, táctil. Como uma categoria de elementos imateriais:  a personalidade ou atributos da marca.

 Da primeira categoria temos:
- o logotípo ou logomarca Coca-cola - conjunto de letras ondulantes e curva, constituídas como imagem estabilizada e unitária que identifica a marca nos mais variados suportes;
- a garrafa - com o seu design único, inconfundível e que evoca as estrias do fruto do cacao, assim como a silhueta feminina numa alusão de sensualidade e dinamismo;
- a paleta cromática - o tom específicos de vermelho e o  branco;
- a dimensão sonora da palavra " coca-cola".


Ainda da primeira categoria, mas elementos sazonais, que são válidos durante um período específico de tempo e depois desaparecem (muitos deles são repescados):
-  o jingle(s) específico(s);
- a figura do Pai Natal vestido de vermelho e branco, figura de avó de barbas longas, bonacheirão;

Da segunda categoria:
- a alegria;
- a felicidade;
- o lazer;
- a juventude ou espírito jovem;
- o dinamismo/ movimento;
- a partilha;
- a comunhão - o sentido união sob um mesmo valor (neste caso coca-cola);
- apelar ao universal/ global;
- o espaço aberto (exterior).


Da segunda categoria mas sazonais ou parcialmente usados:
- a família;
- a sensualidade;
- o corpo;
- o ritmo, dança;
- o calor;
- as crianças (a ingenuidade);
- a ligação entre gerações;

- a praia;
- o Natal e as épocas festivas;
- o desporto;
- (...)






























































Coca Cola Commercial 'Reasons To Believe' (2011) Whatever Oasis letra Español - English


Coca Cola Commercial 'Reasons To Believe' (2011) Whatever Oasis versão Portugês

Expressões Faciais: comunicação de emoções, veículo de significados




O trabalho de Paul Ekman é sem dúvida, além de percursor no âmbito da investigação sobre as expressões faciais e as emoções (ver o seu trabalho da década de 1950 - na qual prova que as expressões faciais das emoções são comuns aos seres humanos, independentemente da cultura em que estão inseridos), um contínuo avanço sobre o tema ( mais recentemente, o seu trabalho sobre as micro-expressões da emoção).

Emotions Revealed - KQED QUEST



É de tal forma elementar e importante a investigação de Ekman, e vai de modo tão profundo ao que de mais estrutural existe no ser humano, que o seu trabalho tem sido constantemente solicitado.
Como é óbvio, quando se toca em aspectos que revelam o ser humano, como a expressão das suas emoções, a questão de Privado e Público terá que vir à tona. Este é um dos aspectos fundamentais, no manuseamento desta informação científica, e não podem ser descuradas as questões de salvaguarda de privacidade e de protecção de dados, o lado ético que mantém a humanidade, numa era de "estado de excepção" instituído (Agamben, 2005).

E é nesse "estado de excepção" instituído que o seu trabalho mais recente - as micro-expressões da emoção , parece ter ganho maior aplicabilidade. Algo que não parece ser estranho após o "11 de Setembro", especialmente nos EUA, onde se banalizaram as estratégias/medidas  anti-terrorista.
Disponibilizado em Kit (numa abordagem assumidamente comercial e arriscar-nos-íamos a afirmar, emblematicamente americana), que pode ser adquirido online, o utilizador passa por uma prévia formação, veiculada através de informações aí presentes (ou frequentando um curso de iniciação), e torna-se apto a ler as micro-expressões - as expressões escondidas e que não pretendemos revelar conscientemente aos nossos interlocutores.

Esta formação está neste momento a ser dada aos serviços de fronteiras, aos polícias, aos funcionários das agências de investigação nacionais, um pouco por todos os EUA.


Acentua-se a destituição das reservas individuais de privacidade, uma espécie de saque consentido, como refere Agamben (2005).
Como já identificado por Turkle (2006), os jovens de hoje afastam-se do contacto presencial, por o considerarem demasiado inibidor.
A aplicação de ferramentas, como a identificada neste documento, e o modo como o estão a ser, provavelmente, acentuarão também, esta tendência - a da concentração no interior do corpo, de escolher a comunicação mediada por tecnologia à presencial, de evitar o confronto de expressões faciais - o evitar dar-se a ler sem o controlo de todas as dimensões.
Em última instância poder-se-á imaginar, como forma de metáfora, a estratégia de "Surrogates" (Mostow, 2009): corpos cibernéticos usados como substitutos dos verdadeiros organismos, que longe, no conforto das suas protectoras casas, os manobram, interagindo indirecta e seguramente com outros substitutos. Esta seria uma realidade de controlo total de interface, também de interface verdadeiramente externo ao sujeito - uma realidade de interface conscientemente artificial.

Utilizando a investigação sobre as micro-expressões da emoção, aplicadas ao enredo de uma série televisiva: o caso de   "Lie to me"da FOX , na qual Ekman foi, inclusivé,  consultor. Uma realidade assumida e explicada pelo próprio canal FOX, que dedica uma página inteira, online, a esclarecer as noções e funcionamento das micro-expressões, fundamentando cientificamente a sua série televisiva (uma espécie de "fiction-mixing-documentary-type-TV series" - outra abordagem de reality TV?)
A informação que se segue é daí retirada e provém originalmente de (Bolte Taylor, 2009;Leo and Pelton, 1985):

"MICROEXPRESSÕES
O que são as micro expressões?

Cada vez que uma pessoa mente ou tenta ocultar as suas emoções produzem-se pequenos movimentos involuntários nos músculos faciais que podem deixar a descoberto a mentira. Estes pequenos movimentos, conhecessem-se como micro expressões.

Existem sete tipos de micro expressões universais: alegria, desprezo, espanto, medo, nojo, raiva e tristeza.

Estes gestos são pequenas traições do nosso corpo que revelam os nossos sentimentos ocultos e estão sempre presentes, por mais que os tentemos reprimir. Estas alterações tão subtís do rosto aparecem antes de a pessoa comece a comportar-se de um modo racional.

Apesar disto, nem sempre é fácil de detectar, pois estes são gestos que aparecem e desaparecem numa fracção de segundo e que apenas conseguem ser detectádos por pessoas tenham boa capacidade de observação ou um olho clínico treinado. Para além disto, mesmo que as expressões sejam detectadas, estas apenas nos permitirão saber que a pessoa está a mentir e não sobre o quê e a razão. Por exemplo, não é possível saber se um mentiroso está a ocultar algo voluntariamente ou se está a reprimir um sentimento ou emoção de forma inconsciente sem sequer dar por isso.

Paul Ekman, é um dos maiores peritos mundiais da área dos micromovimentos faciais e da detecção de mentiras, e autor de obras como What the Face Reveals e Telling Lies: Clues to Deceit in the Marketplace, Politics, and Marriage.
Paul Ekman perito em Microexpressões

Doutor Paul Ekman (1934 -)


Paul Ekman estudou nas universidades de Chicago e Nova York e doutorou-se em psicologia clinica na Universidade Adelphi em 1958. Começou a exercer psicologia clínica no exercito durante dois anos, tendo de seguida começado a trabalhar no Instituto de Neuropsiquiatria Langley Porter, onde permaneceu até 2004. As suas investigações sobre as expressões faciais e os movimentos corporais começaram em 1954. Os seus primeiros trabalhos eram muito influenciados pela sua formação enquanto psicologo, mas no decorrer da década seguinte as suas investigações debruçaram-se também sobre temáticas como os campos de evolução e a semiótica. Para além do estudo sobre as emoções, Paul dedicou-se durante 30 anos ao estudo do engano e dos seus meios de expressão.

Recebeu em várias ocasiões o prémio Research Scientist do Instituto Nacional de Saúde Mental, instituição esta que durante mais de quarenta anos financiou as suas investigações através de bolsas de estudo, subsidios e prémios. Foram publicados numerosos artigos sobre o seu trabalho em revistas importantes e periódicos de todo o mundo como por exemplo: Time, Smithsonian Magazine, Psychology Today, The New Yorker, New York Times e Washington Post. Para além disto, Ekman marcou presença em variados programas de televisão como Larry King e Oprah.

Ekman é o autor de livros como Telling Lies: Clues to Deceit in the Marketplace, Politics, and Marriage (1992); What the Face Reveals (1998); Why Kids Lie: How Parents Can Encourage Truthfulness (1989). É ainda o autor da Terceira edição em inglês de The Expression Of The Emotions In Man And Animals e publicou mais de 100 artigos.
Paul Ekman está entre as pessoas mais influentes do ano de 2009 segundo a revista TIME.
Por Jill Bolte Taylor


Os nossos sentidos percebem tudo o que acontece à nossa volta para de seguida o cérebro processar e converter toda essa informação em pensamentos, palavras e actos. Os nossos actos e palavras fazem sempre acompanhar-se de expressões faciais e de uma linguagem corporal que se podem tornar muito reveladores.

Graças ao trabalho desenvolvido por Paul Ekman, perito em linguagem corporal, facial e na forma como expressamos as nossas emoções, hoje sabemos que os nossos gestos reflectem sempre o que se está a passar no nosso cérebro. As suas investigações, os seus numerosos livros e a sua recente colaboração como assessor da FOX para a série Lie to Me, contribuíram para fazer chegar esta nova disciplina cientifica ao público geral e permitir uma maior compreensão sobre como comunicamos sem palavras. Para além disto, espera-se que o seu trabalho tenha uma aplicação de tremenda utilidade no âmbito legal e na luta contra o terrorismo."





Bibliografia:

Agamben, G. (2005). State of Exception. Chicago, The University of Chicago Press.

Bolte Taylor, Jill ( 2009). The 2009 Time 100. Consultado em Times, em 23 de Novembro de 2010, em: http://www.time.com/time/specials/packages/article/0,28804,1894410_1893209_1893475,00.html

Leo, John and Pelton,Charles (1985). Behavior: The Fine Art of Catching Liars. Consultado em Times, em 23 de Novembro de 2010, em: http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,966891,00.html

Mostow, J. (2009). The Surrogates. USA, Touchstone Pictures.

Turkle, S. (2006). Tethering. In Sensorium: Embodied experience, technology, and contemporary art. Cambridge, The MIT Press: 220-226.
    

 


Visual literacy - small intro (just to remember)

“Literacy” usually means the ability to read and write, but it can also refer to the ability to “read” kinds of signs other than words — for example, images or gestures. The proliferation of images in our culture — in newspapers and magazines, in advertising, on television, and on the Web — makes visual literacy, the ability to “read” images, a vital skill. But what does it mean to read an image, and how can teachers help students develop the skills to do so thoughtfully?
Visual literacy is the ability to see, to understand, and ultimately to think, create, and communicate graphically. Generally speaking, the visually literate viewer looks at an image carefully, critically, and with an eye for the intentions of the image’s creator. Those skills can be applied equally to any type of image: photographs, paintings and drawings, graphic art (including everything from political cartoons to comic books to illustrations in children’s books), films, maps, and various kinds of charts and graphs. All convey information and ideas, and visual literacy allows the viewer to gather the information and ideas contained in an image, place them in context, and determine whether they are valid.
Like traditional literacy, visual literacy encompasses more than one level of skill. The first level in reading is simply decoding words and sentences, but reading comprehension is equally (if not more) important: teachers work to help students not only to decode words but also to make sense of what they read. That understanding requires broad vocabulary, experience in a particular content area, and critical thought, and teachers have various approaches and strategies to help students build contextual understanding of what they read.
The first level of visual literacy, too, is simple knowledge: basic identification of the subject or elements in a photograph, work of art, or graphic. The skills necessary to identify details of images are included in many disciplines; for example, careful observation is essential to scientific inquiry. But while accurate observation is important, understanding what we see and comprehending visual relationships are at least as important. These higher-level visual literacy skills require critical thinking, and they are essential to a student’s success in any content area in which information is conveyed through visual formats such as charts and maps. They are also beneficial to students attempting to make sense of the barrage of images they may face in texts and Web resources.
Visual literacy skills are already employed in a variety of disciplines. Observation, as we’ve noted, is integral to science. Critique, useful in considering what should be included in an essay in Language Arts, is also a part of examining a visual image. Deconstruction, employed in mathematical problem solving, is used with images to crop and evaluate elements and how they relate to the whole. Discerning point of view or bias is important in analyzing advertisements and works of art.
Specific visual formats require specific approaches to visual understanding. The articles provided here include media-specific techniques and resources to help students to use the information contained in various types of images, to analyze that information, and to use those types of images to build their visual communication skills." (Thibault and Walbert, s/d)