22.2.12

Todos os alunos devem definir-se como seguidores do blogue

O início do semestre acontece sem a funcionalidade da tutoria electrónica estar ativa, pelo que todos os alunos se devem inscrever como seguidores do blogue, de modo a podermos agilizar troca de informação, necessária ao funcionamento das aulas.

17.3.11

Design Títulos dos Genéricos de Filmes

Embora nalguns momentos confuso, enquanto sequência de vários produtos de design distintos, aqui se apresenta um conjunto bastantes interessante de Design de genéricos de filmes. De notar a presença de vários da autoria de Saul Bass (ver mensagem Saul Bass)



A Brief History of Title Design from Ian Albinson on Vimeo.

25.2.11

Saul Bass: representação/ comunicação visual associada ao cinema

Saul Bass um dos mais famosos designers ligados à comunicação visual, foi o primeiro a explorar a vertente de comunicação visual no início dos filmes - desenhou os genéricos (opening titles) com um valor intrínseco de comunicação. Aquilo que hoje é tomado por adquirido, que os espectadores de cinema tomam como natural, que é o facto do genérico os introduzir ao espírito do filme - essencialmente através de imagens e sons/música (a par da informação objectiva dos créditos). Saul Bass foi o pioneiro deste tipo de produto, que estando ligado ao filme, adquire, como peça de comunicação, uma autonomia gráfica de comunicação. Se distanciarmos estes genéricos do respectivo filme, este continua a fazer-nos, perceber o ambiente fílmico, não sendo no entanto descritivo. Este é um valor fundamental destas peças de comunicação - abrirem o apetite ao espectador, deixando-o orientado para o tipo de filme que irão assistir, e muitas das vezes, apenas através de sensações - do tipo de música e do tipo e estratégias visuais usadas na contrução da imagem (em movimento).

Além dos genéricos, Saul Bass desenhava todos os suportes de comunicação/ divulgação do filme (comunicação visual - cartaz essencialmente - não podemos esquecer a época!). Desse modo a comunicação estabelecia-se unitária, e forte em termos de impacto - mais uma vez um aspecto pioneiro (pois cada sala de cinema antes desta prática, produzia os seus próprios cartazes, ou encomendava-os).

Os trabalhos gráficos que se seguem são todos da autoria de Saul Bass, à excepção do trailler (diferente de genérico - é um produto autónomo do filme, não se encontra no seu início) de Remake de 1998 de Gus Van Sant, do filme "Psycho" de Hitchcock (1960).


Genérico do filme "Anatomy of a murder" (Otto Preminger, 1959), e respectivo cartaz de divulgação.




Genérico de filme e respectivo Cartaz - "Vertigo" (Hitchcock, 1958)


























Genérico de filme - "Psycho" (Hitchcock, 1960) -  (atualmente indisponível no Youtube)

Trailler de filme Remake - "Psycho" -  (Gus Van Sant, 1998).




Breve documentário sobre Saul Bass: "Saul Bass: Title Champ"




24.2.11

Emoção na comunicação: uma dimensão cada vez mais explorada









Falar aos sentidos: publicidade produtos e serviços











Papsi 5 senses (3 of 5)







Os elementos básicos da comunicação visual

Ponto
O ponto é o elemento mais simples e unitário da linguagem visual. Não só pode ser analisado sob a questão da sua dimensão, como concentração- rarefação. A sua concentração e sobreposição, conjugado com o fator cor, permite o jogo de perceção visual em imagem, como por exemplo a fusão cromática no olho do obervador (efeito produzido pela quadricromia - impressão a 4 cores em off-set)

Linha
A linha é um conjunto de pontos. Podem ser retas, semi-reta; curvas; onduladas; híbridas, compostas por partes retas e curvas, etc.

Forma
Formas geométricas regulares simples como os triângulos, quadrados, rectângulos e círculos;
Formas geométricas regulares complexas:  poliedros;
Formas geométricas irregulares: formas isomórficas, etc.

Direção
Pode ser observada nas formas básicas simples: o quadrado - horizontal e vertical; o triângulo - diagonal e o círculo - curva; mas a partir daí o uso de direções estabelecidas pelas linhas de olhar, de objectos semelhantes, de perspectivas, etc, produzem a riqueza e a dinâmica da imagem.
A associação das direções a significados é um aspecto fundamental:
- a direção horizontal, linha que podemos instantanemente relacionar com o horizonte, está associada ao repouso, permanência;
- a direção vertical, pode ser associada ao homem, à sua presença ereta no espaço/ no mundo, associada à vontade/ à afirmação, mas também é a direção que serve de oposta à horizontal; entre estas duas define-se o  sentido de estabilidade; ligadas sobretudo ao organismo do homem (horizontal- descanso; vertical- atividade);
- as diagonais refletem o oposto - são forças de instabilidade, de desiquilibrio, e como tal, forças provocatórias da visão humana que procura a estabilidade; como no ocidente a leitura se estabelece da esquerda para a direita, a associação das diagonais (em termos gerais) varia entre  ascender (inferior esquerdo- superior direito) e descender (superior direito- inferior esquerdo);
- as direções curvas representam envolvimento, repetição e calor; aspectos relacionados provavelmente com arcaísmos como a concentração em redor do espaço do fogo (lugar de proteção contra os animais, o frio e o escuro, nos princípios da humanidade), que se herda para o espaço da casa (não é displiciente que em terminologia arquitetónica se usa a referencia de "nº de fogos" para dar a indicação do nº de espaços habitacionais que existem num edifício).

Tom
Variação de escuridão e luminosidade presente numa imagem. Está associada a sentidos tão diversificados e culturalmente estabelecidos tais como:
- escuridão - noite; ignorância; perda; caos; desumano; diabo; inferno; mal; impureza; morte; luto; mistério; dúvida;(...)
- luminosidade - dia; verdade; sabedoria; ordem; humano; deus, paraíso/céu; bem; pureza, nascimento; esclarecimento; certeza; (...)

O tom permite também a identificação dos "objectos debaixo do sol", ou seja, precisamos de luz para ver o que nos rodeia. Como tal os tom ajuda a definir os objectos, identificados, no espaço através da sua perspectiva (determina que haja áreas em sombra e áreas em luz).

Cor
Cores primárias: magenta, amarelo e cyan;
Cores secundárias: verde, laranja e violeta;
Cores complementares (pares): magenta- verde; amarelo-violeta; cyan-laranja
A temperatura da Cor: identificação de valores de temperatura associados às cores; as cores quentes são os vermelhos, laranjas e alguns amarelos; as frias são os azuis, verdes e alguns violetas (alguns, pois depende da percentagem de cores quentes na mistura).

Pureza cromática versos mistura de cores: as cores mais puras são as que são as que estão mais próximas no círculo das primárias.
Harmonias cromáticas: de diversa ordem.

O significado das cores pode variar muito, no entanto tudo o que está mais ligado ao biológico do homem, é essencial. Tal significa que, tanto identificação cromática no corpo humano, como sensações/ emoções básicas (que naturalmente ao corpo estão ligados), são tendencialmente universais, como o vermelho ser sangue, logo sinal de alerta, e consequentemente de perigo.

Textura
Aspecto comunmente aassociado ao sentido do tato.
Texturas regulares/ irregulares, naturais/artificiais, etc.

Escala
Identificação do grande e do pequeno. Possibilita fornecer a sensação de grande e de pequeno. Em relação a este elemento, o curioso é o fato de apenas funcionar na dupla evidência do par grande pequeno - a definição de um implica o outro, poder-se-á dizer mutúa. Este aspecto implica que a definição de escala seja sempre algo fluído e relativo, nunca absoluto, pois é uma questão de comparação num determinado contexto.

Dimensão
A representação bidimensional poderá permitir a representação (simulada) da 3ª dimensão (profundidade), através das regras da perpectiva cónica. A perspectiva cónica é uma técnica de representação gráfica,  inventada no séc XV, e que se baseia na simulação do efeito ocular percecionado pelo homem, na sua experiência diária do mundo. Tal experiência diz-lhe que há uma linha horizontal - linha de horizonte, e que algures nessa linha, há um ponto onde convergem todas as linhas que não horizontais - o ponto de fuga. Esta estratégia técnica determina que, a partir de um mesmo ponto - ponto de observação,  objetos semelhante e que estejam espalhados no espaço, são vistos como tendo tamanhos diferentes. Esse aspeto permite fazer sentir ao observador, estar mais perto de um que de outro.

Bibliografia
Dondis, A. Donis (1974) A Primer of Visual Literacy. Massachussets: MIT Press.
a primer of visual literacy - online (parcialmente)

21.2.11

Spots Publicitários Coca-cola para TV: pequena observação histórica da apresentação da marca através da imagem em movimento

A Coca-Cola é uma referência clássica em termos de estudo de imagem na comunicação. Não só devido à sua presença no mercado ao longo de décadas, o que permite observar as variações no modo como se têm vindo a apresentar (construção da marca e sua divulgação), mas também devido à solidez dessa construção.
A construção da marca, neste caso, vive de um conjunto de elementos-base, que se têm revelado a chave deste caso de sucesso que tem atravessado gerações de consumidores.

Os elementos- base dividem-se em várias categorias. Entre elas, podemos estabelecer uma categoria de elementos fisicamente identificáveis: que podem ser de natureza visual, sonora, táctil. Como uma categoria de elementos imateriais:  a personalidade ou atributos da marca.

 Da primeira categoria temos:
- o logotípo ou logomarca Coca-cola - conjunto de letras ondulantes e curva, constituídas como imagem estabilizada e unitária que identifica a marca nos mais variados suportes;
- a garrafa - com o seu design único, inconfundível e que evoca as estrias do fruto do cacao, assim como a silhueta feminina numa alusão de sensualidade e dinamismo;
- a paleta cromática - o tom específicos de vermelho e o  branco;
- a dimensão sonora da palavra " coca-cola".


Ainda da primeira categoria, mas elementos sazonais, que são válidos durante um período específico de tempo e depois desaparecem (muitos deles são repescados):
-  o jingle(s) específico(s);
- a figura do Pai Natal vestido de vermelho e branco, figura de avó de barbas longas, bonacheirão;

Da segunda categoria:
- a alegria;
- a felicidade;
- o lazer;
- a juventude ou espírito jovem;
- o dinamismo/ movimento;
- a partilha;
- a comunhão - o sentido união sob um mesmo valor (neste caso coca-cola);
- apelar ao universal/ global;
- o espaço aberto (exterior).


Da segunda categoria mas sazonais ou parcialmente usados:
- a família;
- a sensualidade;
- o corpo;
- o ritmo, dança;
- o calor;
- as crianças (a ingenuidade);
- a ligação entre gerações;

- a praia;
- o Natal e as épocas festivas;
- o desporto;
- (...)






























































Coca Cola Commercial 'Reasons To Believe' (2011) Whatever Oasis letra Español - English


Coca Cola Commercial 'Reasons To Believe' (2011) Whatever Oasis versão Portugês